Uma vergonha: tanto em termos de desrespeito a criança e adolescente, como ao cidadão que paga seus impostos. Esta é a situação caótica e inacreditável por qual passa o matadouro público de São Miguel, 2ª maior cidade no alto oeste potiguar. As imagens captadas pelo empresário micaelense Dodó de Zé de Dalcina, é o retrato do desmando por qual passa o município. Imagens captadas, conforme informações do autor, deu-se na última semana de maio deste ano.
É visível o tratamento inadequado da carne que é consumida pela população. Além de não utilizarem o equipamento necessário para a execução das tarefas. E o agravante maior: crianças trabalham em atividades de alta complexidade, correndo o risco de sofrer sérios acidentes.
No local, tudo beira a imundície e o desleixo.
No momento das fotos e filmagens, crianças desempenhavam o trabalho de adultos, que deveriam ter realizado um curso de aprimoramento para tanto. Não podemos informar, se no momento da filmagens, havia a presença do veterinário responsável para inspecionar e examinar o abate dos animais. Independentemente disso, acredito que o mesmo profissional não deveriam permitir tamanha atrocidade, diante da falta de higiene.
O modelo visto nestas fotos e vídeos que recebemos, desrespeita toda e qualquer norma sanitária. Imaginem senhores consumidores que alimentam-se desta carne no município de São Miguel, qual o tratamento dado a esta mesma carne, para que chegue ao consumidor final.
O que dizer, ao ver a cena, onde uma criança de aproximadamente 9 anos de idade, maneja fezes de animais com uma pá quase da sua estatura? Observem que a criança está de sandália, propensa a contrair bactérias que podem colocar sua própria vida em risco. Uma senhora grávida, ao lado, parece extrair no que chamamos de "fato" do animal abatido, restos fecais. Sem luvas. De botas, porém sem proteção para as mãos.
Já esta criança de touca branca, lida com uma faca pontiaguda, usando-a por trás da perna. O que seria desta criança, se por uma fatalidade a ferramenta escapasse das suas mãos? Fatalmente lhe causaria um ferimento que poderia ser de grande proporção. Esta mesma menina, em um vídeo, trabalha em um tanque onde existe água fervente e em outro instantes, o vídeo mostra a criança lavando o banquinho onde sentaria, numa bacia que também é utilizada para lavar partes do animal.
Nas filmagens, o garoto e uma menina que labutam com facas, aparentemente muito bem amoladas, "raspam" o que chamamos do "mocotó" do animal. Pela agilidade das crianças, temos a convicção que são antigos no ofício que lhes foi "confiado".
É lamentável saber que estas crianças são acobertadas por uma lei, que lhe assegura uma determina qualidade de vida, e ver arriscam suas vidas, no manejo de facas; tachos de água fervente; fogo e outras ameaças à vida.
O Matadouro Público da cidade de São Miguel, tem uma das piores condições de trabalho que podemos imaginar. É notório, através das imagens, que não oferece qualquer tipo de estrutura e condições de higiene que possa levar um bom serviço à população micaelense, essa é a grande realidade. Se faz necessário a intervenção do Ministério Público, juntamente com o Conselho Tutelar do município, para que sejam determinantemente proibidas as práticas de emprego de crianças de aproximadamente 9 anos de idade, em atividades de altíssimo risco. Nesta foto ao lado, a mesma criança que lidava com fezes na foto inicial, é a mesma que utiliza uma vara para mexer um tonel com água fervente, onde dentro tem couro de animais que depois vão para a mesa da população.
Tentamos contato com o secretário de obras e saúde do município. porém não conseguimos êxito. Assim como com o prfeito do município, Dario vieira, para entender quais as medidas que serão tomadas para coibir que casos como estes voltem a acontecer. Entretanto, também não obtivemos sucesso.
Agradecemos ao autor das imagens e Titico Guedes, que nos apresentou o empresário Dodó de Zé de Alcina, pela confiabilidade de nos entregar este material.
Os vídeos, na sua integridade, serão encaminhados ao Ministério Público da Comarca de São Miguel, para as providências cabíveis.VIA RN POLITICA
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